Analisando os magos de Castlevania pela ótica do RPG

Olá pessoal! Eu queria falar aqui sobre as minhas interpretações pessoais sobre o sistema de magia da série de Castlevania, sob a perspectiva de RPGs como Dungeons & Dragons. Leiam e comentem que eu adoro o assunto!

Em D&D existem alguns tipos de conjuradores, eu vou dar alguns exemplos geralzões para explicar como eles funcionam. Depois de estabelecer os termos eu pretendo aplicar ao que eu observei assistindo Castlevania.

Existem Sorcerers, Feiticeiros, que possuem magia inata. Da mesma forma que os X-Men eles conseguem usar habilidades que possuem desde a infância para fazer magias.

Exemplo de Sorcerer – magias fazem parte deles

Existem Wizards, Magos, que aprendem feitiços estudando. Eles aprendem teoria mágica em livros e se debruçando nesses estudos, como o Dr. Estranho da Marvel. Os alquimistas de Castlevania caem aqui.

Existem Warlocks, Bruxos, que adquirem seu poder depois de um contrato com uma entidade superior. À meu ver, clérigos também entram nessa categoria. A distinção seria se a “entidade superior” é de luz ou de trevas. Dos quadrinhos da Marvel, o Spawn é um bruxo famoso.

Existem Summoners, Invocadores, que fazem contratos com espíritos e podem trazer eles à tona para usar de diversas formas. É uma classe bem comum na série de jogos Final Fantasy.

Castlevania tem representantes em todos esses. Pegando os personagens mais óbvios temos:

Sypha Belnades, uma Feiticeira também capaz de aprender magia de Mago. Ela tem magias de gelo, fogo e raio naturalmente, mas também é capaz de estudar as mágicas de teletransporte do castelo do Drácula.

Exemplo de Wizard – que aprendem magia

Alucard/Adrian Tepes também parece ser ambos. Sua capacidade de se tornar um lobo e seu teletransporte são inatos, mas ele é capaz de consertar o espelho mágico. Eu entendo que usar a telecinese para mover a espada pode ser magia de mago também.

Hector & Isaac são Summoners. Magia de invocação é uma magia inata, mas ela é diferente de sorcery, pois mexe com a essência de vida de outra criatura. Nos jogos de Castlevania existe uma personagem chamada Maria que invoca criaturas celestiais. E eu entendo o Hector e o Isaac como pessoas capazes de invocar as almas do inferno. Porém não é devido a algum contrato com nenhuma entidade maligna, senão até o César, pug do Hector, seria demoníaco.

Saint German é um mago puro. Inclusive com uma base de mana sofrível. A meu ver você precisa de uma aptidão mágica para acessar sua base de magia para conseguir usar qualquer tipo de feitiço. A Bruxa e O Mago, que o Isaac encontra na 3ª temporada. Eu acredito que ela possa ser uma Feiticeira e ele um Warlock com contrato com uma entidade inferior. Mas não tem muito como saber desses dois.

Agora vem os complicados.

Warlocks e Clérigos.

Exemplo de Warlock – vinculado a entidades 

Eu acredito que qualquer humano pode fazer um trato com o Demônio. Ou com Deus. E não só, eu acredito que o “Deus” de Castlevania é uma entidade que se opõe às “Trevas”, não é necessariamente o “Deus” que conhecemos da Bíblia. Eu acredito que o ritual para receber a bênção divina dessa entidade de luz chamada “Deus” são os passos da Ordem Católico-Cristã, e que isso não depende necessariamente da sua fé no Senhor.

Minha interpretação é que os passos para se tornar um membro do clero faz com que você crie um contrato com uma entidade de Luz que fica associada à sua alma. Sendo assim, é possível trazer a alma do Bispo de Targoviste e colocar em seu corpo ressuscitado e assim, nesse estado semi-pútrido, ele consegue abençoar as águas de Braila.

Isso também permite que você consiga criar armas divinas e abençoadas usando religiões que não são a católica. Existem personagens na série que são japoneses, por exemplo. Se eles não são católicos, por que a água benta faria efeito neles? Porque não tem a ver com Deus. Tem a ver com uma entidade de Luz que se opõe à Trevas.

Dado isso, nós sabemos que existe inferno em Castlevania e existem demônios, a Morte seria um demônio. Pessoas são capazes de fazer contrato com demônios e isso seria o que é considerado “magia negra”. Essa distinção é relevante, porque em Gresit ninguém perseguiu a Sypha por fazer uma parede de gelo, mas perseguiram a Lisa porque ela “lidava com sangue” e com “coisas malignas”. A 3ª temporada também mostra os rituais utilizando almas como preço para invocar demônios usando o Corredor Infinito. Esse ritual não é como os Summoners fazem, e não poderia ter sido feito somente com conhecimento de Mago. Houve uma sedução maléfica que a Morte fez para consumar esse ritual, e eu leio isso como magia devido à um contrato com uma entidade de Trevas.

Se você considerar que “vampirismo” pode ser considerado um contrato com uma entidade superior muito forte, associada à sangue, todos os vampiros de Castlevania seriam Warlocks. Isso traria suas capacidades vampíricas e suas falhas, beberiam sangue e não poderiam sair sob a luz do Sol. Mas eles não seriam necessariamente “mortos vivos”, permitindo que tenham, caso queiram, relações sexuais.

Exemplo de Summoner – controlando criaturas

Também explicaria o porquê da alma da Lisa estar no inferno, porque ela ousou se casar pela fé cristã com um Warlock.

Uma forma de absolvição da alma da Lisa seria seguindo os rituais: ela teria que se confessar num confessionário e ser perdoada por um padre que passou pelos rituais da entidade de Luz, “Deus”. Porém, a igreja não fez isso, não só por conta de Deus ser silencioso, como por conta da corrupção do clero.

Completando aqui então que artefatos possuem a magia de quem os criou. O chicote do Trevor foi criado com magia de Warlock de entidade de Luz, mas os espelhos mágicos são magia de Mago.

E… Acho que é isso pessoal!
Qualquer coisa, vem falar comigo nas redes sociais.

Essa matéria foi escrita por:
Hita Aisaka

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