A beleza e a controvérsia de Overwatch 2

Depois do anúncio de Overwatch 2 na Blizzcon de 2019, fãs da franquia e gamers em geral entraram em uma discussão profunda e regada de emoção sobre o quão “válido” é o novo título da Blizzard

Com novos personagens, novos mapas, um grande remake visual e a adição de um novo modo PvE com talentos, progressão individual e formato de talentos, Overwatch 2 chegou até os ouvidos do público trazendo certa controvérsia: Afinal de contas, é válido que a Blizzard queira que nós paguemos por o que parece ser apenas um novo conteúdo de um jogo que já temos e jogamos a tanto tempo, ainda mais pensando que a empresa vai dar grande parte desses upgrades para o título original, como os novos personagens e novos mapas?

A resposta deste Lobo que vos fala é: se é justo não sei, mas sempre foi assim. Calma, eu explico.

Você aí, jovem jogador que gosta de jogos online ou simplesmente que gosta de jogos que se renovam anualmente (olhando pra vocês aqui, jogadores de FIFA e Call of Duty) conhece bem o que é o oferecimento de um produto bastante similar a um que você já tem, com a renovação e introdução de novas features, funcionando mais como um upgrade ou expansão do que qualquer outra coisa. É a experiência que você já conhece, com melhorias gráficas, de desempenho e de desenvolvimento de história.

Mas Lobs, o jogo já tinha Live Ops (eventos, atualizações, rebalanceamento etc). Por que raios eles quiseram isso? Eles vão dividir os jogadores!

É verdade isso, e é um movimento arriscado. Principalmente pelo fato de que, para o jogador competitivo online de Overwatch, a sequel não oferece muito, já que todas as mudanças de heróis, balanceamento e jogo online como um geral, serão também realizadas no primeiro título lançado em 2016, ao menos no começo, já que meu palpite pessoal é que se torna bastante caro para um time de desenvolvimento manter dois jogos rodando em paralelo com as mesmas atualizações, principalmente em engines diferentes, que é o caso.

Mas Lobs, você acha isso uma boa idéia?! A Blizzard está dando um tiro no pé!

A verdade é que isso é um padrão da indústria de jogos como um todo. Destiny e Destiny 2 tiveram a mesma controvérsia, lembra? Principalmente pelo fato de que a Bungie disse que Destiny seria um jogo com updates “eternos”, mas já dizia Vinícius, foi eterno apenas enquanto durou. 

A grande diferença entre Overwatch 2 e uma expansão paga, como um DLC de Mortal Kombat ou uma nova parte de WoW, é que um jogador novo não vai precisar comprar o jogo base para jogar as novidades, e sim apenas a sequel.

A realidade se dá pelo fato de que para um jogo permanecer vivo, os desenvolvedores precisam de dinheiro, e neste caso, a Blizzard foi por uma trilha bem conhecida e segura na indústria.

Mas temos que concordar que a comunicação, definitivamente, não foi das melhores.

 

Essa matéria foi escrita por:
Gabriel “Lobs” Pelussi

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